Doutorado em Microbiologia e Imunologia – KULEUVEN – 2009-2013
MB:Você chegou a trabalhar na sua área de estudos no Brasil?
RK Sim, Bolsa de estudos da FIOCRUZ
Por quanto tempo e aonde?
2000 – 2006 – FIOCRUZ
Já pensava no passado em vir ao exterior?
Desde quando entrei na Universidade
Quando chegou e porque a Bélgica?
No final de 2006 – Apliquei para uma bolsa de estudos Alban para doutorado sanduíche. Meu orientador no Brasil, Johan Van Weyenbergh, é belga e mantinha uma colaboração com o Rega Institute for Medical Research.
Alguma dificuldade de integração no trabalho ? E porque
Não. O Laboratório que integrei já recebe estudantes estrangeiros há muito tempo, acho que isso facilita recepção dos novos alunos de fora.
Diferenças culturais marcantes, que te incomodaram , alguma a citar?
A relação profissional com os belgas sempre foi tranquila. É bem complicado se acostumar com o clima, não me refiro ao frio especificamente, mas ao tempo nublado e chuvoso. A ausência do sol é que me incomoda. Dificuldade que sempre tive foi com a parte burocrática na prefeitura. As informações nem sempre são passadas corretamente e a culpa sempre é atribuída ao estrangeiro, tive que ir e vir muitas vezes para resolver problemas com o visto.
Do ponto de vista de trabalho e carreira a Bélgica te satisfaz? E porque?
Satisfaz. São muito organizados e pagam bem. A questão trabalhista é uma prioridade aqui, e isso me agrada.
Acha que poderia ter as mesmas condições de trabalho no Brasil?
Acredito que sim, por isso vou retornar.
O que você acha que pode ser melhor ou pior no Brasil em relação ao seu trabalho?
Hoje, temos bastante dinheiro publico direcionado para pesquisa, os laboratórios são bem equipados, porém alguns entraves na importação de reagentes laboratoriais ainda atrasa a pesquisa brasileira. A ausência de empresas privadas ou públicas/privadas é um gargalo que temos que ultrapassar, pois limita a absorção dos novos doutores.
Gostaria voltar ao Brasil? Porque? E quando?
Gostaria. Acredito que posso ajudar mas lá do que aqui, o salario é equiparado para pesquisadores dos dois países, e a qualidade de vida de viver perto da família é insubstituível.
Se sente integrado e satisfeito profissionalmente aqui?
Estou satisfeito.
Alguma coisa da experiencia Brasileira que você gostaria de transpor para cá?
Não
Alguma outra dificuldade, que queira relatar em relação a viver e trabalhar no Brasil?( Que não seja ligado a esfera de trabalho em particular , como: segurança, custo de vida, educação dos filhos,expectativa de futuro, etc)
A segurança, educação e saúde não são para todos no Brasil. Isso aumenta bastante a qualidade e o custo de vida.
E em relação a Bélgica qual o grau de dificuldade e ou satisfação?
A parte burocrática para os estrangeiros as vezes bem complicada e constrangedora. Não estou satisfeito com este aspecto.
Algum plano de futuro?
Regressar para o Brasil quando defender o doutorado.
Ricardo Khouri, PhD retornou ao Brasil em 2014
Durante sua permanência na Bélgica foi também como Sócio-Diretor na empresa Volta do Mundo Produções cujos filmes se encontram no link e também na secção videos do nosso site gentilmente cedidos por ele e Daniele Canedo.
Participou de vários eventos de Capoeira conhecido como mestre Calango e repassou sua arte para muitas crianças e adultos que aqui vivem, difundindo assim a capoeira do Brasil no mundo
Laboratory of Clinical and Epidemiological Virology
Department of Microbiology and Immunology
Rega Institute for Medical Research – KULeuven
BE-3000 Leuven, Belgium