Janaína Medeiros Dias

Jana medeiros

band.orangeJanaína Medeiros

origem : Rio de Janeiro

na Bélgica desde 1986

 

Janaína Medeiros é carioca da gema , em 1985, seu espirito aventureiro se incorporou a companhia de dança Festival do Brasil no ensejo de viajar por 6 meses conhecer um pouco o mundo , dançar, e voltar ao Brasil. Hoje ela continua na Bélgica teve duas filhas e se adaptou ao frio e a neve,em troca do sol e do calor do Rio de janeiro , porem com uma qualidade de vida e uma tranquilidade e segurança maior que a da cidade maravilhosa. Dançou por toda a Europa e em alguns outros países em quatro continentes ,em vários grupos como o Festival do Brasil,o grupo Brasil tropical e outros , foi empresaria e uma das donas da “Maison do Brasil” uma casa de cultura e restaurante em Bruxelas e hoje é designer de joias,arte que continua a se aperfeiçoar ,e faz parte do grupo de voluntários do projeto Oca -Me Brasil

 

Como e porque você veio para a Europa?

Eu fazia dança no Rio de Janeiro, como quase todo carioca na época, me mexendo sem pretensões, por intermédio dos meus tios que tinham um amigo que era diretor do grupo Festival do Brasil(antigo grupo Brasiliana) pensei em vir também conhecer um pouco a Europa ,viajar ,e voltar ao Brasil em 6 meses

Cheguei inicialmente na Alemanha em 1985 e comecei a dançar com o grupo do Festival do Brasil em Munique viajamos durante 6 meses com o grupo, mas não me adaptei muito bem a todo esse movimento. Numa pausa de um mês encontrei um amigo da época de adolescência, que tinha vindo estudar na Bélgica vim passear aqui com ele conhecer sua família ,conheci outros dançarinos como a Elisabete do Plan K e outros que tinham vindo fazer dança contemporânea,e que dançavam em outros grupos com o Brasil Tropical

A partir dessas amizades consegui alugar com um outro bailarino um apartamento aqui na Bélgica. Na época não faltava trabalho e também não faltava dinheiro, pois dançando em outros países em que a moeda era mais forte na troca pelo Franco Belga, ganhávamos mais e podíamos viver bem aqui na Bélgica pois a vida era melhor aqui. e menos cara e era um país central para ira para qualquer outro lugar da Europa

 

E você continuou dançando e morando apenas aqui?

Não, eu tinha um apartamento na Bélgica mas durante 3 anos morei também em Firenze na Itália aonde eu tinha um contrato que se prolongou por 3 anos , e existia muito trabalho, e nas folgas,eu voltava para cá.

Em torno de 1988/89 eu voltei definitivamente, pois aqui estava acontecendo o fenômeno da lambada e existia muito trabalho ,dançamos em vários eventos, lançamentos de produtos , fiquei vários meses aqui mas esporadicamente também voltava para a Itália e dançava em companhais como Brasil tropical como “free lancer” e fazia algumas viagens com eles . Tínhamos também um pequeno grupo que dançávamos juntos e quando em 1990 conheci meu ex marido que se ocupava de eventos e isso continuou ate 1994 quando nasceu minha primeira filha.

 

Qual a sua visão desse movimento de lambada que muitos dançarinos, da época referem-se, foi importante para você e para a promoção do Brasil?

Esse foi ao meu ver o mais importante movimento de divulgação da variedade de ritmos no Brasil aqui eramos poucos dançarinos e entre músicos e dançarinos eramos em torno de 6 pessoas

No nosso grupo essas pessoas se revezavam, formando dois grupos entre músicos e dançarinos, era composto de Bira, Delamar, Beth Cal etc. Com a afluência de muitos brasileiros, que faziam concorrência mesmo não sendo bailarinos ou dançarinos, e cobrando preços muito mais baixos pois nós trabalhávamos a um preço fixo e igual para todos, a moda da lambada foi passando e o grupo foi se desfazendo naturalmente

 

Depois do nascimento da sua filha você parou de dançar?

Não, dai pra frente nós resolvemos montar nosso próprio grupo de espetáculos, que possuíam artistas fixos e variáveis ,funcionou durante algum tempo até 1999 quando resolvemos montar o restaurante e casa de cultura “ Maison do Brasil “ que ficava em Ixeles na chaussée de Vlerglart.

Ela era composta de um bar e um restaurante na parte inferior, onde de havia apenas musica ao vivo, na maioria das vezes bossa nova ,e no 1 domingo do mês programávamos um “pagode. Nos andares superiores existiam cursos de francês, português, uma sala de arte Contemporânea, cursos de dança, de capoeira e um atelier de mosaico.

Essa casa durou 4 anos. E nesse período tive a minha segunda filha.

 

Como e porque acabou a “Maison do Brasil” ?

O imóvel foi vendido e não houve para nós a possibilidade de compra ,pois foi dado preferencia aos herdeiros do dono . Após a venda solicitaram o imóvel e entre começar tudo de novo num outro local , na época da troca do franco para o euro,resolvemos não arriscar.

O grupo de dança nessa época também não tinha mais muito trabalho pois estava diminuído a moda, não podiam pagar o valor real do trabalho em torno de 5000 francos belgas e com tanta concorrência cobrando muito pouco,ele foi dissolvido

 

Mas a vida na Bélgica continuou de que forma?

Continuou de uma forma diferente, meu casamento acabou eu comecei em 2005 um curso de joalheria na escola de Art et Métier e hoje encontro bastante satisfação em tudo que estou fazendo, sempre no ramo da arte mas com uma outra visão do movimento

 

janaina

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