Nome: Jociene França  

 Data de nascimento:11/02/1969

Origem: Salvador, Bahia

Brasil

Quando Jociene era pequena, por volta dos dez anos de idade, adorava trabalhar na feira com seu pai e seu irmão, se divertia muito na companhia da família. Ela vem de uma família grande, quatro meninos e três meninas. Mais tarde, na adolescência, realizou seu primeiro sonho: fazer um curso de estética facial. E terminou o secundário com outro desejo: o de ser comissária de bordo. Então, foi trabalhar como despachante no setor de cargas da antiga companhia de viação brasileira, a Vasp. Com o tempo, conseguiu ser selecionada como comissária de bordo nacional e internacional.

 Bélgica

 Nas idas e vindas para a Europa a trabalho, com algumas escalas em Bruxelas, Jociene conheceu Daniel Duray, em 1987, seu atual esposo. Veio primeiramente como turista para se adaptar e gostou. Foi morar com ele, e hoje tem uma filha, a Constance, e um cachorro, o Petúnia. De acordo com Jociene, a integração na Bélgica não foi tão dura assim. Sentiu muito mais quando se mudou primeiramente de Salvador para São Paulo, em 1989, do que quando desembarcou aqui. “Aprendi muito no setor de aviação, por isso o choque não foi tão grande. Na época, já falava inglês, francês e italiano”, afirma.

 Apesar de se sentir totalmente integrada, Jociene acredita que sempre vai se sentir uma estrangeira porque não nasceu na Bélgica. Com o tempo, a soteropolitina teve de aprender o holandês falado na Bélgica e levou três anos para entender e se comunicar com os belgas. “Contudo, ainda ralo”, ressalta sorrindo. Sua roda de amizades é eclética, “belgas, brasileiros, congoleses, italianos, entre outros estrangeiros”, conta. “Fiz amigos graças ao meu esposo: no clube de tênis, no local de trabalho, no Consulado do Brasil, com os pais e mães das amigas da minha filha, vizinhos etc”. Para a brasileira, “Cada pessoa é única, não conhecemos ninguém, porém o respeito é a decisão mais certa para um bom relacionamento”.

 Atualmente, Jociene trabalha com seu marido. Eles montaram um SPA no bairro das instituições europeias. Para exercer a profissão, teve de fazer uma equivalência de diploma. “Tive facilidade no trabalho, pois, depois que cheguei aqui, dei continuidade à área de estética que já tinha feito anteriormente no Brasil”, orgulha se.

 Futuro

Perguntada sobre o que fará daqui por diante, Jociane responde rapidamente: “Viver cada dia como se fosse o último, respeitando e amando os que me cercam, pois somente Deus sabe o que nos esta reservado. Minha relação com o Brasil hoje e no futuro é só de alegria, pois temos tanta riqueza…Mas o que me decepciona, são os maus tratos dos brutos que estão no comando, todavia sei que minhas raízes estão lá. 25 anos de vida não se apagam em uma historia”.

Qual a emoção que sentiu durante a entrevista? :“Uma emoção de batalha positivamente cumprida, (risos)”