Viver é arriscar sempre! Em janeiro de 2006 estava curtindo férias em Ilha Grande, Rio de Janeiro na companhia de alguns amigos. Alugamos um apartamento e decidimos desbravar aquele lugar maravilhoso. Fazíamos trilha durante o dia e à noite íamos a um forro e foi aí que conheci o meu belga.Confesso que a primeira impressão não foi das melhores…rs Ele estava bêbado (tinha misturado caipirinha com cerveja), quando passou por mim pisou no meu pé e se desculpou. E depois, se aproximou para conversar. Eu era a unica entre os meus amigos que falava inglês e por isso pude manter uma conversa. Papo vai, papo vem, combinamos de nos encontrar no dia seguinte às 8h, em frente a uma pousada para nos despedir, já que ele pegaria o barco para voltar ao hotel em que estava hospedado no Rio. Mas como não acreditei que ele iria se lembrar da conversa, saí com os amigos para fazer uma trilha, as 7 horas. No entanto, meu amigo esqueceu a carteira no apartamento e fomos obrigados a retornar e aí tive a surpresa de vê-lo aguardando na porta da pousada com um mochilão hiper pesado. A partir desse momento, não desgrudamos mais um do outro. O tempo que ele ficou no Rio, fizemos vários passeios.O interessante dessa historia é que ele, juntamente com amigos, estava há 9 meses viajando e conhecendo os países da America do Sul, e o Brasil era o penúltimo país visitado e ultimo foi Argentina e depois dessa aventura ele retornou para a Bélgica.O nosso relacionamento conseguiu ser mantido, graças à flexibilidade dele no trabalho. Ele conseguia me visitar 3 vezes ao ano. E eu vim conhecer a Bélgica uma unica vez e me encantei. Nunca tinha pensado em sair do Brasil. Tinha aquele discurso que primeiro queria conhecer todas as cidades do meu país para depois pensar em exterior…ledo engano… No dia 1° de abril de 2008, (dia da mentira…rs) estava eu, de mala e cuia, vindo morar aqui. Foi hiper difícil abrir mão de um bom emprego, dos amigos, da família…mas queria tentar. Lembro bem do que falei pra minha mãe: “mãe, eu vou arriscar, mas se não der certo, volto, hein?” e ela disse: “essa casa é sua minha filha, segue seu coração, quero só sua felicidade.” Graças à Deus deu certo!! Estou bem adaptada, há 4 anos morando aqui e com uma filha linda fruto desse amor. Leda Freitas 24 /06/2012 |